terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sem condições: prefeitura tem orçamento comprometido por excesso de funcionários

Sem muita expectativa, trabalhadores da educação do município de Manoel Urbano, saem de reunião acontecida nesta segunda-feira(16), entre categoria e Prefeitura.

O Prefeito em exercício Francisco Sebastião Mendes, cumpriu com a palavra em levar as informações solicitadas desde abril pelos trabalhadores em educação do municipio que brigam por ajustes salariais, mas os números não agradaram a categoria. Segundo a Secretaria de Finanças, o orçamento impossibilita qualquer ajuste ou alteração de gastos na folha de pagamento de qualquer secretaria, que possui folha inchada com tantos funcionários.
"Ficamos horas estudando, tentando criar margem, mas não é possível", disse o Prefeito Francisco Sebastião Mendes à categoria que se mostrou impaciente e incorformada com a exposição negativa dos números.

Os profissionais da educação, vociferaram contra o Prefeito e sua equipe ao saber que todo o problema está no suposto excesso de contratações que consequentemente consome todos os recursos.
O principal problema elencado na reunião é o excesso de contratações em todas a áreas da municipalidade, inclusive da educação, o que deixa a Prefeitura numa situação difícil. Mesmo os recursos dos impostos da estrada estão comprometidos com folha de pessoal, inclusive os 25% repassados à educação municipal.
Pelo que foi falado pela equipe do prefeito, a coisa vai piorar quando não houverem mais o ISS das firmas que pavimentam a BR no trecho Manoel Urbano, pois os repasses constitucionais não suportarão o peso simplesmente da folha do quadro de funcionários do município.
Segundo o Procurador do Município Jacques Magalhães, é necessário no mínimo 60 demissões para que se equilibre as contas da Prefeitura. "Os recursos estão poucos, a demanda está elevada", disse Francisco Mendes, Prefeito da cidade aos trabalhadores.
"Porque nesses 4 anos não houve planejamento? Perguntou a Professora Rosineide Anute, ao falar das novas contrações. "Estamos num barco caminhando para um labirinto, o Prefeito está no comando e tem que resolver isso". Falou o Professor Moisés Torrejon ao Prefeito Francisco S. Mendes.
A reunião terminou em tom de greve, principalmente pelo boato de que o Secretário de Educação Jazanias Lopes Mendes, cortaria o ponto dos funcionários que participaram da paralisação, mesmo considerando que pagariam o dia letivo. Em meio a descontentamentos, a categoria deu mais 15 dias para o Executivo fazer simulações de possíveis ajustes salariais, isso seria a contra-proposta da Prefeitura para o Sinteac local, após isto, é iminente as chances de greve.

Nesses 15 dias, uma comissão de trabalhadores em educação, analisarão os documentos entregues pela Prefeitura, inclusive a folha de pagamento de seu quadro funcional.

Esse problema de excesso de contratações, gastos com diárias e desequilíbrio financeiro da Prefeitura de Manoel Urbano é antigo na administração atual, mas fora ofuscado pelo episódio das CPIs e do afastamento do Prefeito Manoel da Silva Almeida.

Agora, o problema volta à tona.


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