Os problemas na saúde pública do Acre podem se agravar se a Justiça Federal levar a cabo uma ação liminar impetrada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) do Acre, que está retirando dos municípios vários profissionais médicos. Ao todo, poderão ser 18 as cidades atingidas no interior do Estado.
Os primeiros municípios que já estão sofrendo com esse problema são: Feijó, Manuel Urbano, Porto Acre e Acrelândia, onde já foram retirados os profissionais médicos e o setor de saúde municipal registra muitos problemas, deixando a população sem alternativa para tratamento de saúde.
O mais grave é que depois de julgado o mérito das denúncias e o juiz federal entender sua legitimidade, outros 14 municípios do Acre ficarão igualmente sem esses profissionais. Ao todo, são 56 médicos prestando serviço no interior do estado. Todos correm o risco de serem retirados. Eles deverão ir trabalhar em outros estados.
Para tentar amenizar esse problema, a Associação Médica Nacional (AMN) está convocando um encontro para o dia 6 de setembro os médicos, população e autoridades para debater o problema. A ideia é encontrar uma saída para esse grave problema que atinge diretamente a população acreana. O encontro será realizado no Pinheiro Palace Hotel.
Como trata-se da questão dos médicos que lutam pela revalidação do diploma, a AMN considera de fundamental importância a participação de membros diretamente responsáveis por esse problema, que são os pró-reitores da Ufac. “Além de não resolver o problema, muitos obstáculos são colocados”, diz um membro da AMN.
A Associação Médica alerta que tem buscado encontrar, junto à Ufac, um caminho legítimo e legal, mas tem encontrado resistência de um grupo dentro da universidade. “O mal da Ufac é exatamente este: as panelinhas”, diz um professor da Faculdade de Medicina. “Mas, quem sofre com isso não são esses grupos, mas os pacientes que estão nas filas dos hospitais”, completa.
No caso do Acre, a situação é ainda mais grave, pois, em que pese o esforço do governo, das instituições como os ministérios públicos que utilizam o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para não deixar a população doente, grupos privilegiados não poupam esforços no sentido de remar ao contrário.
O Estado do Acre não tem médicos suficientes. Proporcionalmente não atinge as recomendações dos órgãos internacionais. E apesar da criação da Faculdade de Medicina, ainda não supriu a carência mínima de atendimento.
“Se esses profissionais forem embora, vários programas sociais, como o da Saúde da Família, simplesmente, estarão fadados ao fracasso”, afirma Janilson Lopes Leite, presidente nacional da AMN.
“E isso sem falar que já vem diminuindo a presença de profissionais médicos não somente no interior do Acre, mas, inclusive, na capital”, diz ele. Aliás, Janilson afirma que os médicos formados no exterior são vítimas de preconceito. “Os dentistas brasileiros sentiram isso na carne em Portugal”, lembra.
Do Jornal A Tribuna
Os primeiros municípios que já estão sofrendo com esse problema são: Feijó, Manuel Urbano, Porto Acre e Acrelândia, onde já foram retirados os profissionais médicos e o setor de saúde municipal registra muitos problemas, deixando a população sem alternativa para tratamento de saúde.
O mais grave é que depois de julgado o mérito das denúncias e o juiz federal entender sua legitimidade, outros 14 municípios do Acre ficarão igualmente sem esses profissionais. Ao todo, são 56 médicos prestando serviço no interior do estado. Todos correm o risco de serem retirados. Eles deverão ir trabalhar em outros estados.
Para tentar amenizar esse problema, a Associação Médica Nacional (AMN) está convocando um encontro para o dia 6 de setembro os médicos, população e autoridades para debater o problema. A ideia é encontrar uma saída para esse grave problema que atinge diretamente a população acreana. O encontro será realizado no Pinheiro Palace Hotel.
Como trata-se da questão dos médicos que lutam pela revalidação do diploma, a AMN considera de fundamental importância a participação de membros diretamente responsáveis por esse problema, que são os pró-reitores da Ufac. “Além de não resolver o problema, muitos obstáculos são colocados”, diz um membro da AMN.
A Associação Médica alerta que tem buscado encontrar, junto à Ufac, um caminho legítimo e legal, mas tem encontrado resistência de um grupo dentro da universidade. “O mal da Ufac é exatamente este: as panelinhas”, diz um professor da Faculdade de Medicina. “Mas, quem sofre com isso não são esses grupos, mas os pacientes que estão nas filas dos hospitais”, completa.
No caso do Acre, a situação é ainda mais grave, pois, em que pese o esforço do governo, das instituições como os ministérios públicos que utilizam o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para não deixar a população doente, grupos privilegiados não poupam esforços no sentido de remar ao contrário.
O Estado do Acre não tem médicos suficientes. Proporcionalmente não atinge as recomendações dos órgãos internacionais. E apesar da criação da Faculdade de Medicina, ainda não supriu a carência mínima de atendimento.
“Se esses profissionais forem embora, vários programas sociais, como o da Saúde da Família, simplesmente, estarão fadados ao fracasso”, afirma Janilson Lopes Leite, presidente nacional da AMN.
“E isso sem falar que já vem diminuindo a presença de profissionais médicos não somente no interior do Acre, mas, inclusive, na capital”, diz ele. Aliás, Janilson afirma que os médicos formados no exterior são vítimas de preconceito. “Os dentistas brasileiros sentiram isso na carne em Portugal”, lembra.
Do Jornal A Tribuna
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