Por Carlos Prates
Com base em experiência pessoal, debate com colegas e alunos, desejamos debater com você este importante tema. O estresse não é propriamente uma doença e sim, um estado do organismo, quando submetido ao esforço e à tensão. Numa situação estressante, o corpo sofre reações químicas normais que preparam o organismo para enfrentar a situação, afirmam os especialistas.
Sintomas do estresse
Conversando esta semana com um amigo meu, que é médico, ele afirmou:
“As manifestações das doenças tem relação direta com o comportamento do doente e das defesas do organismo”. Para muitos psiquiatras e psicólogos as situações que podem levar ao estresse têm relação direta com a personalidade de cada um, ambiente social e de trabalho, expectativas em relação à vida, entre outros motivos.
Os sintomas do estresse são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes, tais como irritabilidade, cansaço, insônia, pressão alta, dores no corpo, falta de concentração, problemas digestivos, sexuais, pânico e o mais temido de todos – depressão.
De 1979 a 1995 eu trabalhei em banco. Senti de perto os horrores do estresse e os impactos das novas tecnologias. Antes de deixar a profissão de bancário, acumulei quase todos os sintomas. Por outro lado, sei que para muitos a solução não é a mudança da atividade profissional. Talvez até queiram mudar, porém, encontram dificuldades. Assim, o mais razoável é ter atitude para modificar comportamentos.
Há atividades profissionais que, pelas suas próprias características, submetem as pessoas ao desencadeamento de fatores estressantes:
- Policiais, motoristas de ônibus, controladores de vôos, profissionais de saúde, executivos, professores, bancários, operadores de telemarketing, donas de casa, entre outras.
Causas do estresse
Os motivos são inúmeros e podem ter um peso maior ou menor, a depender da personalidade e da atividade profissional. Creio que as maiores causas estão relacionadas com:
I) Esforço X recompensa pelo que faz. Gostar do que faz é imprescindível, entretanto, a maioria trabalha no que não deseja e precisa se adaptar à realidade. Fazer do limão uma limonada.
II) Exigências do mercado de trabalho. Às vezes é preciso ser quase super-homem para se “enquadrar no perfil” desejado pela empresa – motivado, criativo, comunicação fluente, trabalhar em equipe, saber se relacionar e administrar os conflitos, entre outras características. Não é basta ter algumas. É preciso ter todas. Na vida pessoal as cobranças continuam – mulher, marido, filhos, amigos, parentes e, a principal, você mesmo!
III) Carga horária elevada. Com o advento das novas tecnologias foram “prometidas” mais horas para o lazer e o ócio. O que percebemos na prática é um aumento do trabalho intelectual. Com a internet e o celular, as nossas vidas profissional e pessoal estão “plugadas” 24 horas.
IV) O trânsito cada vez mais engarrafado e o aumento de habitantes por metro quadrado. Quem vive e trabalha numa grande cidade está mais propenso a sofrer estes problemas.
V) Desejo de acumular poder, dinheiro e bens materiais. Quase tudo na vida funciona semelhante a uma faca: “um lado alisa e o outro corta”. Creio que é impossível ter qualidade de vida sem abrir mão de alguma coisa. Quanto mais crescemos profissional e socialmente, mais somos cobrados. Quanto mais consumimos, mais temos que ganhar dinheiro para quitar os débitos. Não basta ter um bom automóvel, tem que ser do ano e melhor do que o do seu vizinho, assim apregoa a propaganda.
Como podemos perceber, a relação é longa e pode ser acrescida de mais itens, conforme a personalidade e o modo de viver de cada um de nós.
Ações para combater ou minimizar o estresse
Os especialistas são unânimes em afirmarem: qualquer combate ao estresse tem relação direta com a atitude. Há pessoas que estão “acostumadas” com o estresse que acham até “normal” viver estressado. É “chic”, tá na “moda”. Alguns executivos e gestores estimulam os funcionários a ficarem estressados, com a ilusão de que assim produzirão mais e melhor. Quando muito, isso ocorre na primeira semana e as seqüelas ficarão para a vida toda.
Seguem algumas recomendações dos especialistas. Avalie o que pode ser útil para você:
a) Relaxamento. Busque atividades como ioga, acupuntura, passeio em locais arborizados.
b) Hobbies e atividades lúdicas. cantar, dançar, caminhar, teatro, praia, leitura, desenho, ouvir música, tocar um instrumento, cinema, fotografia e tudo que lhe proporcionar prazer e estiver ao seu alcance.
c) Alimentação mais saudável.
d) Ter amigos e praticar a solidariedade. Sugiro que leia o post “Vamos precisar de todo mundo”, editado neste blog.
e) Família, amor e religiosidade. Creio que aqui residem os aspectos mais importantes para ter uma vida equilibrada. Quando o estresse bate à nossa porta, precisamos destes três ingredientes para superar as dificuldades. Talvez a maior de todas as causas do estresse seja o fato de sacrificarmos a família, o amor e a religiosidade.
Um recado importante
Não se iluda achando que você é “insubstituível” para a empresa. Queiramos ou não, somos apenas uma peça na engrenagem das organizações e da vida. Você é insubstituível para os seus familiares e amigos verdadeiros.
Como diria o nosso saudoso Vinícius de Morais “somos inquilinos do universo” e eu gostaria de acrescentar que é muito difícil admitir que estamos apenas de passagem por este universo. É importante que tenhamos consciência da nossa finitude e quanto precisamos valorizar os nossos momentos de felicidade. Afinal, é para isso que vivemos: encontrar e viver a felicidade, mesmo que em alguns momentos ela brinque de esconde-esconde. “Decifra-me ou te devoro.”
Sintomas do estresse
Conversando esta semana com um amigo meu, que é médico, ele afirmou:
“As manifestações das doenças tem relação direta com o comportamento do doente e das defesas do organismo”. Para muitos psiquiatras e psicólogos as situações que podem levar ao estresse têm relação direta com a personalidade de cada um, ambiente social e de trabalho, expectativas em relação à vida, entre outros motivos.
Os sintomas do estresse são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes, tais como irritabilidade, cansaço, insônia, pressão alta, dores no corpo, falta de concentração, problemas digestivos, sexuais, pânico e o mais temido de todos – depressão.
De 1979 a 1995 eu trabalhei em banco. Senti de perto os horrores do estresse e os impactos das novas tecnologias. Antes de deixar a profissão de bancário, acumulei quase todos os sintomas. Por outro lado, sei que para muitos a solução não é a mudança da atividade profissional. Talvez até queiram mudar, porém, encontram dificuldades. Assim, o mais razoável é ter atitude para modificar comportamentos.
Há atividades profissionais que, pelas suas próprias características, submetem as pessoas ao desencadeamento de fatores estressantes:
- Policiais, motoristas de ônibus, controladores de vôos, profissionais de saúde, executivos, professores, bancários, operadores de telemarketing, donas de casa, entre outras.
Causas do estresse
Os motivos são inúmeros e podem ter um peso maior ou menor, a depender da personalidade e da atividade profissional. Creio que as maiores causas estão relacionadas com:
I) Esforço X recompensa pelo que faz. Gostar do que faz é imprescindível, entretanto, a maioria trabalha no que não deseja e precisa se adaptar à realidade. Fazer do limão uma limonada.
II) Exigências do mercado de trabalho. Às vezes é preciso ser quase super-homem para se “enquadrar no perfil” desejado pela empresa – motivado, criativo, comunicação fluente, trabalhar em equipe, saber se relacionar e administrar os conflitos, entre outras características. Não é basta ter algumas. É preciso ter todas. Na vida pessoal as cobranças continuam – mulher, marido, filhos, amigos, parentes e, a principal, você mesmo!
III) Carga horária elevada. Com o advento das novas tecnologias foram “prometidas” mais horas para o lazer e o ócio. O que percebemos na prática é um aumento do trabalho intelectual. Com a internet e o celular, as nossas vidas profissional e pessoal estão “plugadas” 24 horas.
IV) O trânsito cada vez mais engarrafado e o aumento de habitantes por metro quadrado. Quem vive e trabalha numa grande cidade está mais propenso a sofrer estes problemas.
V) Desejo de acumular poder, dinheiro e bens materiais. Quase tudo na vida funciona semelhante a uma faca: “um lado alisa e o outro corta”. Creio que é impossível ter qualidade de vida sem abrir mão de alguma coisa. Quanto mais crescemos profissional e socialmente, mais somos cobrados. Quanto mais consumimos, mais temos que ganhar dinheiro para quitar os débitos. Não basta ter um bom automóvel, tem que ser do ano e melhor do que o do seu vizinho, assim apregoa a propaganda.
Como podemos perceber, a relação é longa e pode ser acrescida de mais itens, conforme a personalidade e o modo de viver de cada um de nós.
Ações para combater ou minimizar o estresse
Os especialistas são unânimes em afirmarem: qualquer combate ao estresse tem relação direta com a atitude. Há pessoas que estão “acostumadas” com o estresse que acham até “normal” viver estressado. É “chic”, tá na “moda”. Alguns executivos e gestores estimulam os funcionários a ficarem estressados, com a ilusão de que assim produzirão mais e melhor. Quando muito, isso ocorre na primeira semana e as seqüelas ficarão para a vida toda.
Seguem algumas recomendações dos especialistas. Avalie o que pode ser útil para você:
a) Relaxamento. Busque atividades como ioga, acupuntura, passeio em locais arborizados.
b) Hobbies e atividades lúdicas. cantar, dançar, caminhar, teatro, praia, leitura, desenho, ouvir música, tocar um instrumento, cinema, fotografia e tudo que lhe proporcionar prazer e estiver ao seu alcance.
c) Alimentação mais saudável.
d) Ter amigos e praticar a solidariedade. Sugiro que leia o post “Vamos precisar de todo mundo”, editado neste blog.
e) Família, amor e religiosidade. Creio que aqui residem os aspectos mais importantes para ter uma vida equilibrada. Quando o estresse bate à nossa porta, precisamos destes três ingredientes para superar as dificuldades. Talvez a maior de todas as causas do estresse seja o fato de sacrificarmos a família, o amor e a religiosidade.
Um recado importante
Não se iluda achando que você é “insubstituível” para a empresa. Queiramos ou não, somos apenas uma peça na engrenagem das organizações e da vida. Você é insubstituível para os seus familiares e amigos verdadeiros.
Como diria o nosso saudoso Vinícius de Morais “somos inquilinos do universo” e eu gostaria de acrescentar que é muito difícil admitir que estamos apenas de passagem por este universo. É importante que tenhamos consciência da nossa finitude e quanto precisamos valorizar os nossos momentos de felicidade. Afinal, é para isso que vivemos: encontrar e viver a felicidade, mesmo que em alguns momentos ela brinque de esconde-esconde. “Decifra-me ou te devoro.”
Carlos Prates - *Professor e escritor. Articulista do portal www.ibahia.com (blog Empregos).
Autor dos livros: O Sucesso nas Relações Interpessoais; - Como Conquistar o Emprego
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