sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não minta, seja você mesmo!

Por Carolina Arêas

Desde que eu era bem pequena, minha mãe dizia: "é melhor uma verdade que dói do que uma mentira que conforta". E cresci acreditando e valorizando isto. Mentir - esta declaração falsa feita com a intenção deliberada de enganar - é moralmente errado.


E se isto torna-se um hábito pior ainda. Afinal, por que as pessoas mentem? Para não enfrentar as consequências de algo errado que fizeram. Para prejudicar alguém em favor próprio. Para evitar algum tipo de punição. Para garantir que os outros tenham uma boa opinião sobre elas ao invés de desejarem quebrar-lhes o nariz. Para criar a melhor versão possível delas mesmas.


Mas, façamos um parêntesis aqui. Nem todas as mentiras são totalmente prejudiciais. Na verdade, às vezes, mentir é somente uma alternativa para proteger a própria privacidade e a nós mesmos da maldade alheia. Em outros momentos, em nome do tato e da delicadeza, para evitar ferir os sentimentos de alguém, também mentimos. Mas em ambos os casos não há absolutamente a intenção de prejudicar ninguém.


Máscaras para proteger a autoestima


E quem mente para si mesmo, evitando um confronto com os próprios sentimentos? A honestidade emocional consiste em não negar a dor. Dor esta muitas vezes encoberta por máscaras de convenções sociais nas quais crescemos acreditando serem necessárias para viver em sociedade, representando um comportamento valorizado pelos outros. Entretando, perder a autenticidade ou o contato com a verdade nunca é uma decisão positiva.


Impossível não lembrar do verso de Renato Russo de que "mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira". Por que mentimos para nós mesmos? Para evitarmos a dor e proteger nossa autoestima.


Ainda assim, negar algo - ainda que seja algo doloroso, como uma depressão - não fará a verdade mudar. É importante nos entendermos com clareza para mudarmos uma situação de desconforto.


De: www.entretenimento.br



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