Em abril de 1968, homens do 7º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) comandaram a primeira benfeitoria na estrada que liga Rio Branco a Sena Madureira, laminando a via na tentativa de oferecer a mínima condição de trafegabilidade. Mais de 40 anos depois, esse processo de reabertura da estrada após o inverno amazônico ainda é necessário, mas 2011 pode ser o último ano em que esse trabalho é realizado.
“Nos últimos doze anos, o trabalho na BR-364 foi intensificado e a cada ano as condições da estrada estão melhores. Este ano eu acredito que ela não será mais fechada e terá o tráfego liberado mesmo que não esteja concluída em sua totalidade. Essa estrada significa muita coisa para quem mora ao longo dela”, disse um dos engenheiros responsáveis pela obra, Fernando Moutinho, do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), que acompanha a estrada desde a primeira reabertura.
Os trabalhos de reabertura da BR-364 iniciaram mais cedo e o governo pretende reabrir a estada ainda no primeiro semestre. Com o avanço da obra é possível que a estrada tenha tráfego liberado durante todo o ano, ligando definitivamente por via terrestre todos os municípios do Acre e tirando do isolamento parcial as cidades entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.
O governador Tião Viana visitou um das frentes de obras, em Manuel Urbano, no último sábado, 7, e acredita que até o fim deste ano ou no início do próximo verão a estrada esteja concluída. “Terminar a estrada não é apenas emendar as duas pontas, há todo um trabalho de sinalização e segurança que é imprescindível e também leva tempo. Mas estou feliz com este trabalho, será o ano em que a BR reabrirá mais cedo e temos o apoio irrestrito do ex- presidente Lula e a da presidente Dilma para esta obra que é das mais importantes para o nosso Estado. Acredito que este será o último ano de reabertura, que ao final dos trabalhos ela dará acesso durante todos os meses e esta é uma luta incansável do governo do Estado”, disse.
A reabertura se dá em duas frentes de trabalho - uma no quilômetro 16 do trecho de Manuel Urbano e outra no quilômetro 33 a partir de Feijó. Cada equipe é composta por dez máquinas, entre motoniveladores, tratores, caçambas e outros equipamentos. Elas partem em sentido oposto e devem se encontrar nos 75 quilômetros em obras o quanto antes.
Segundo Marcus Alexandre, diretor-presidente do Deracre, a estrada deve ter tráfego liberado no início de junho. “Os insumos foram garantidos e estão a caminho. Serão 50 mil metros cúbicos de brita. O asfalto vem de Manaus e para cada quilômetro são necessários três mil sacos de cimentos. Acreditamos que o andamento das obras não será prejudicado porque o governador Tião Viana garantiu junto à presidente Dilma a liberação dos recursos para a compra antecipada dos insumos, para garantir material de trabalho nas frentes de serviço”, disse.
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