sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Muhammad Hosni Said Mubarak renuncia Presidência do Egito

Muhammad Hosni Said Mubarak renuncia, depois de pressões nacionais e internacionais, a presidência do Egypto. Foto: nndb.com

Quando estive no Egito em Outubro do ano passado(2010), não ouvi um elogio ao Presidente do Egito, ao contrário, muitas reclamações(em spañol, claro), agora, depois de grande mobilização nacional, o mesmo renuncia a Presidencia.

O principal motivo da mobilização popular é justificada devido à miséria que vive parte do povo. A mesma pode ser vista, como sempre, na periferia da capital Cairo, Philae, Ed Fu, El Deir, Luxor, Aswan e creio que em qualquer outra, em fim, em todos os cantos do país a pobreza é visível.

Com parte da economia advinda da exploração turística de sua história, os egípcios são exímios negociantes e cativantes. Um vendedor de CDs de músicas árabes, fez ao grupo turístico que eu fazia parte, uma festa, literalmente uma festa, para vender um bocado de discos. A festa ao estilo árabe contou para a venda, porém a simpatia valeu mais...

Espero que a saída de Mubarak do poder, possa dar novos caminhos e que estes levem o povo egipcio para vida melhor.

Leia mais sobre a História de Muhammad Hosni Said Mubarak. Clique aqui.(g1)

Após 18 dias de intensos e violentos protestos que tomaram diversas cidades do Egito, o ditador Hosni Mubarak, 82, renunciou ao poder depois de comandar uma ditadura com mão de ferro durante 30 anos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, na TV estatal. Em poucos minutos, centenas de milhares estavam em festa e aos gritos na praça Tahrir, epicentro das manifestações de oposição.

A saída de Mubarak solidifica a crise no mundo árabe, sendo a segunda ditadura a ruir na região em menos de um mês. Ainda no dia 14 de janeiro a Revolução do Jasmim levou o ditador da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali a abandonar o país, em meio ao movimento que se alastrou para outros países, causando protestos na Mauritânia, Argélia, Jordânia e Iêmen.

Além de exigir a renúncia imediata de Mubarak, os egípcios protestaram por mais de duas semanas contra altas taxas de desemprego, pobreza, censura, abusos do regime ditatorial e sobretudo por reformas políticas e econômicas.

O ditador ascendeu na Força Áerea --principalmente pelo seu desempenho na guerra de Yom Kippur com Israel-- e tornou-se vice-presidente em 1975. Ele assumiu a Presidência quando islamitas mataram a tiros seu antecessor, Anwar Sadat, em um desfile militar em 1981.

Mubarak se beneficiou de artigos da Constituição egípcia que ditam mandatos presidenciais de seis anos com um número de reeleições indefinidas. Além disso, alterações à lei fizeram com que a vitória de candidatos de outro partido que não o seu fosse praticamente impossível.

Sob denúncias de corrupção e em meio a diversas acusações de abusos de autoridade e prisões tornadas possíveis devido ao estado de emergência, em vigor há 30 anos no país, a imagem de Mubarak deteriorou-se ao longo dos anos. Confira na Uol notícias: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/873730-apos-30-anos-no-poder-ditador-hosni-mubarak-renuncia-no-egito.shtml


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