quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Mudança de nomes é a nova moda entre os partidos políticos


Desgaste com eleitores e enfraquecimento das legendas têm levado à escolha de novas nomenclaturas




O desgaste político e partidário pelo qual tem passado lideranças políticas brasileiras tem feito com que muitos partidos troquem de nomes. O mais novo a cogitar tal mudança é o poderoso PMDB do presidente da República, Michel Temer. Em uma convenção marcada para o próximo dia 27 de setembro, a sigla quer extinguir o “P” de sua marca, retornando a MBD (Movimento Democrático Brasileiro), sigla que vigorou de 1966 a 1979.

Segundo o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), há a necessidade de uma mudança de nome para modernizar o partido. De acordo com ele, é um resgate da memória. E uma forma de eliminar o último resquício da ditadura militar, que exigiu a inclusão do “P”. 

Partidos e nomes

A mudança não é uma exclusividade do PMDB. Outro grande que mudou de nome foi o antigo PFL (Partido da Frente Liberal), passou a chamar-se, em 2007, DEM (Democratas). O PFL teve como cacique, por longo tempo, o baiano Antônio Carlos Magalhães. Durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o vice-presidente era do PFL, Marco Maciel. Com a eleição de Lula, em 2002, e a reeleição, em 2006, o PFL desgastou-se e enfraqueceu-se e, então, trocou o nome. Agora, o DEM avalia uma possível nova mudança de nome, justamente para Mude.

Sopa de letrinhas

Com 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maioria utilizando siglas iniciadas com a letra “P”. Mas essa sopa de letrinhas, no entanto, tem passado por uma transformação. Há legendas que têm optado por nomes corridos, e não siglas. Os mais famosos criados recentemente foram a Rede, de Marina Silva; e o Novo, que filiou o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernadinho e namora com o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, o mesmo que denunciou o também ex-ministro Gedel Vieira Lima.

Em 2013, já com a ideia de mudar nomeclaturas, surgiram o Solidariedade (SD), do líder sindical e deputado federal Paulinho da Força; e o PROS (Partido Republicano da Ordem Social).

Há também o Podemos, antigo PTN (Partido Trabalhista Nacional), que agora tenta ganhar notoriedade com a filiação do senador paranaense Alvaro Dias. Já o PSL (Partido Social Liberal) faz migração para Livres, e teve como grande destaque em um evento de lançamento no Rio de Janeiro o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco palestrando.

O Partido Trabalhista do Brasil (PT do B) também mudou, passando a Avante. E o PEN (Partido Ecológico Nacional) cogitou ser renomeado de Ecológicos, mas está pensando mais em usar Patriotas.

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