Saúde Municipal: situação precária

Não há quem dê uma data certa de quando parou o tratamento dentário no Posto de Saúde Municipal Josefa Nunes no Bairro São Francisco, nem seu diretor Valdemar Rufino sabe ao certo, mas alguns murbanenses usuários do sistema de saúde local, especulam e calculam que já está em sete ou oito meses que o programa parou de funcionar.

Primeiro faltou material para os trabalhos, depois o compressor de ar quebrou e até o momento apenas extração de dente é feito na unidade de saúde, em casos de emergência, afirma Valdemar, diretor.

Na sexta-feira(28), uma pessoa que precisou de curativo enfaixou o local do ferimento com uma tôca cirúrgica(foto), pela falta de ataduras e de material para curativos, além disso, funcionários afirmam que falta soro, copos descartáveis e pasmem, até saco para lixo. "É só olhar e ver o descaso", comentou um cliente do posto Josefa mostrando a situação da sala de recepção.

No Posto de Saúde da Praça, como é conhecido o Posto de Saúde Inácio Dantas, a situação hoje, não é muito diferente no quesito odontológico. Dos dois médicos que atendem no local, uma está em licença maternidade e outro está fazendo atendimento no Rio Purus, por um período de aproximadamente 15 dias, informaram funcionários.

Neste posto há equipamentos modernos de ultrasonografia que servem para ilustar o descaso com a população que paga o exame. Neste fim de semana, segundo moradora, uma equipe médica particular esteve na cidade cobrando o exame de ultrasonografia e várias pessoas pagaram em torno de R$ 150,oo para tal. Enquanto o equipamento público, novo, aguarda numa sala do Posto de saúde da cidade em desuso.

Pessoas ainda reclamam que faltam medicamentos na farmácia pública da cidade como o histamin, anti-alérgico. "A saúde daqui tá muito mal das pernas", afirma um murbanense na fila de espera para uma consulta.

"O Secretário está resolvendo o problema, ele quer comprar um compressor bom e grande que atenda duas salas", afirma Valdemar falando da questão odontológica. Mas essa promessa já é de aproximadamente oito meses atrás.

A situação é grave e cabe às autoridades (vereadores, procuradoria do municipio, ministérios públicos) tomarem providencias, pois o municipio continua recebendo os recursos para cobertura desses serviços, mas não está chegando à população da forma que deve. Isso não seria improbidade administrativa, inobservância dos deveres públicos?

Secretário e Prefeito não foram encontrados para comentar a situação.