sábado, 15 de agosto de 2009

100 anos sem Euclides



Exatamente hoje, 16 de agosto, fazem 100 anos da morte de Euclides da Cunha, grande literato e contribuinte da história acreana.
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1860 em Cantagalo, no Rio de Janeiro. Cursou a Escola Politécnica e de Estado Maior e Engenharia Militar ao lado de Candido Rondon e formou-se na Escola Superior de Guerra.
Como engenheiro trabalhou na estrada de Ferro Central do Brasil e ganhou tempos depois a patente de primeiro tenente.
Por intermédio do Jornal O Estado de São Paulo, foi enviado como correspondente na quarta incursão militar ao nordeste baiano para registrar a Guerra de Canudos, sua experiência e o que viu lhe rendeu a obra célebre Os Sertões. Graças a essa obra foi eleito para Academia Brasileira de Letras e como sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Em 1904, envolveu-se ativamente nos conflitos entre Brasil, Bolivia e Peru no Alto Amazonas, criticando a presença militar e sugerindo uma solução pacífica para a criação do estado do Acre. Essa experiencia inspirou as obras À margem da História e o texto filosófico Judas- Ahsverus e o ensaio Peru-Bolívia.
Euclides da Cunha trabalhou muito tempo para o Barão do Rio Branco e nesse serviço subiu até as cabeceiras do Purus. Delimitou as fronteiras Brasil - Peru e seus escritos serviram de base para o tratado que definiu as fronteiras do Acre.
Euclides foi morto a 15 de agosto de 1909, pelo Tenente Dilermano de Assis que tinha um caso com sua esposa, mas sua presença permanece viva na memória literaria que produziu para o Brasil, nos serviços que prestou ao Acre.
No Acre, todo ano é feita a Semana Euclidiana, uma forma de manter vivo Euclides nas suas obras.
"Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos". Euclides da Cunha.

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